Todas as empresas, inclusive as micro e pequenas, deverão enviar informações ao governo referentes aos trabalhadores que empregam e as relações de trabalho por meio do e-Social
As
empresas já podem dar adeus à papelada de documentação e aos intermináveis
formulários na hora de lançar informações trabalhistas e previdenciárias. A
partir de novembro de 2018, todas as empresas, inclusive as micro e pequenas,
deverão enviar informações ao governo referentes aos trabalhadores que empregam
e as relações de trabalho por meio do eSocial, no intuito de unificar o canal
de informações com o governo e simplificar o processo.
De
acordo com a Receita Federal, a mudança atinge cerca de 7,2 milhões de
microempreendedores individuais e 4,8 milhões de micro e pequenas empresas inscritas
no Simples Nacional. Qualquer empresa com mais de um funcionário precisa
adquirir um certificado digital, a sua assinatura digital com validade jurídica
e garantir a autenticidade nas operações eletrônicas. Portanto, os empresários
devem providenciar ou renovar o quanto antes o Certificado Digital, como
explica o gerente sênior de identidade digital da Serasa Experian, Murilo
Couto.
“Sem
ele, não será possível o cumprimento dessa exigência. Desta forma, é importante
consultar seu contador e ver se não é o caso de proceder à renovação ou compra
de um novo certificado digital”, esclarece.
Descomplicando
O processo de implementação do e-social é realizado por fases. A primeira etapa foi o cadastro. Na segunda fase, que já ocorre desde o início de setembro, estão sendo cadastradas informações sobre admissão e demissão. Na terceira etapa, o empregador incluirá dados vinculados à remuneração.
“Até
novembro programa terá as remunerações cadastradas e o fechamento das folhas de
pagamento no ambiente nacional. E por fim, haverá inserção de dados de
segurança e saúde do trabalhador”, comenta o presidente do Sescon/SP,
Marcio Massao Shimomoto.
Atualização
Para a
advogada Aline Laredo, as mudanças no e-social surgem como forma de modernizar
as relações de trabalho.
“Não houve
criação de nenhum novo tributo em relação ao eSocial para o
microempreendedor. Houve uma digitalização do departamento pessoal das
empresas. Tudo o que era feito no papel ou em sistemas separados, agora estará
compactado dentro desse novo portal. O eSocial para o microeempreendedor é a
digitalização, a informatização, no intuito do Governo de obter mais
arrecadações, que virão da fiscalização que o programa vai conseguir fazer de
uma maneira que é 100%. Atualmente, os índices que temos da Superintendência
Regional do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego é que o Governo
consegue fiscalizar no máximo de 3% a 5% das empresas. Acredita-se que com o
sistema informatizado, o Governo poderá investir sua Força Tarefa em casos mais
específicos e que necessitem de intervenção”
Saiba
mais
A ferramenta é uma forma de transmitir as informações trabalhistas para um banco de dados, permitindo a centralização dessas informações e mais transparência nas relações trabalhistas. O e-social pretende simplificar as relações entre empregado e empregador, trazendo modernidade para a realização desses processos trabalhistas.
Fonte: acritica
Por: Rebeca Beatriz